Quando comprei meu carro tive a
ingênua esperança de que, como em um passe de mágica, eu ficaria
mais bonito. Acho que acontece com todo mundo, ou pelo menos com
muita gente. O automóvel é um fetiche, e o homem que sai da
concessionária dirigindo o seu, nunca tendo dirigido outro que não
o da autoescola, tem que necessariamente sentir-se envaidecido, sob
pena de não parecer humano.
Enganei-me, porém. É verdade
que muitas pessoas vieram falar comigo, dizer ai que carro lindo,
recomendar posto de combustível e tipo de gasolina, indicar local de
lavagem etc. Mas o foco da questão era sempre o carro, não era eu.
A ponto de as pessoas olharem apenas para o carro, inclinarem-se em
reverência olhando de baixo pra cima e pondo-se na ponta dos pés
para olhar por cima. As mãos ao lado do rosto e os olhos apertados
para ver através dos vidros como era o interior. Eu abria a porta e
esperava que as mulheres entrassem, sentassem e me convidassem para
levá-las pela cidade numa voltinha.
Mas isso não aconteceu.
Os caras, ao contrário, até
pediam para dirigir. Eu fazia que não tinha ouvido e dizia senta aí
do lado do carona pra gente dar uma volta no Centro. Eles gabavam o
interior e reclamavam que eu não acelerava. Acelera aí, dá umas
arrancadas pra gente sentir o motor. Eu sorria e ignorava a tolice.
O
cheiro do carro era muito agradável. O interior novinho exalava um
odor realmente inebriante. Sei que andei por semanas com o nariz
arrebitado ao volante, como se o assento do carro me impusesse um ar
superior. A gasolina explodindo no motor inflava o meu ego e me punha
alienado de mim mesmo, hipnotizado pelo poder metálico do automóvel.
Quando finalmente entendi que
andar pelo Centro da cidade não faria cair uma mulher no meu colo
nem no banco do carona, resolvi aderir à ideia de lançar-me a uma
danceteria. Pensei em convidar algum amigo, mas desisti logo, pois
como eu faria com a garota? Não. Era melhor ir sozinho para poder
ficar mais à vontade com a gostosa que eu pegaria e levaria para o
motel. Sim, porque eu não pensava em comê-la no banco do carro. Não
era assim que eu pensara perder meu cabaço.
Eu não tinha mais nenhum sonho
romântico de encontrar a mulher da minha vida, nem mesmo pensava em
fazer amor com uma moça bonita e delicada com quem eu namoraria
meses antes de nos deitarmos na cama dela, perfumada e macia, para
uma noite de encantos e carinhos. Uma foda me satisfaria, e, contanto
que não fosse com uma baranga horrível, uma mulher era o que
bastava.
Fui para Lajeado no local onde,
segundo informações, era fácil pegar mulher. Me disseram inclusive
que lá as mulheres é que te pegavam. A ressalva era que não se
tratava de meninas de dezessete aninhos, mas mulheres com mais de
trinta e cinco. Melhor ainda, pensei, pois as ninfetas nunca me
atraíram, sobretudo porque o que eu queria era mulher experiente,
que não esperasse de mim nenhum enlevo e afeto que eu não estivesse
disposto a oferecer.
O
salão era amplo, com dois ambientes: um para dançar e ficar em
volta conversando e bebendo, e um mais reservado, com mesinhas onde
aqueles que quisessem descansar de ficar de pé e trovar sentados
podiam satisfazer-se.
Havia muita gente. Estava lotado.
Uma confusão de corpos, braços e pernas girando ao ritmo da banda.
Não era música eletrônica, portanto o homem ou a mulher tinham que
tirar a companhia para dançar e fazê-lo conforme era praxe nos
tempos de antanho: braço esticado, o outro nas costas da mulher e
ela no ombro dele, os corpos um diante do outro, umbigos bem
próximos.
Comprei uma lata de cerveja,
pu-la no copo e escondi-me atrás dele. Andei pelo salão desviando a
custo dos outros. Dei uma volta completa, fitando com mais atenção
algumas mulheres, fosse para olhá-las nos olhos, fosse para encarar
suas bundas gostosas e peitos querendo estourar sob os decotes. Cada
boazuda que, na segunda volta que eu dava, parei a um canto
constrangido do volume que me crescia dentro das calças.
A chave do meu carro balançava
no meu cinto, acintosamente pendurada. Eu, sem perceber, punha a mão
na chave como se acariciasse minhas bolas, alisando-a com delicadeza
e intenção, encarando ora uma loira ora uma morena. No entanto, a
estratégia não me rendeu nenhum fruto, e aquela história de que
ali as mulheres é que pegavam os homens não se confirmou. Pelo
menos não para mim.
Flagrei alguns beijos gulosos
entre casais que se apertavam cheios de ansiedade e desejo, e tive
inveja deles.
Perambulei pelo salão e
sentei-me no segundo ambiente, sozinho, com um resto de cerveja no
copo de plástico. Embasbaquei-me por alguns minutos, olhando o
movimento, vendo diante de mim pessoas cujas formas se misturavam, de
variadas cores, todas elas envoltas num único cheiro de cigarro,
suor e álcool.
Bebi o último gole de cerveja,
quente. O sabor horrível concentrou-se na minha boca, fechei os
olhos, fiz uma careta e engoli. O líquido caiu-me no estômago como
um soco. Não contive um ah irritado. Súbito, levantei e pus-me a
caminho da saída.
Andar pelo salão da danceteria
fora tão produtivo quanto trafegar pelo Centro da cidade, com a
diferença de que o êxito alheio daqueles que enfiavam suas línguas
boca adentro das mulheres de trinta e cinco anos presentes na festa
me enlouquecia. Alguns daqueles filhos da puta provariam os beijos de
cinco, seis, até dez ou vinte daquelas mulheres, esfregariam seus
corpos nelas e meteriam as mãos em suas bundas e peitos. No final da
festa, comeriam a mais gostosa entre elas, apertariam suas carnes e
enfiariam por entre suas pernas um pau latejante e sôfrego, vaidosos
por ter se esfregado em várias outras sem contudo tê-las penetrado,
pulsando de tesão mais por si mesmos do que por elas.
Antes de ir para casa dei uma
volta pelo Centro. Passei por duas prostitutas feias e uma dúzia de
travestis, mais bem arrumados e parecendo mais mulheres do que elas.
Endireitei o volante depois de uma curva e tomei o rumo de casa.
Estacionei na garagem, entrei em
casa e fui ao banheiro. Mijei uma urina espessa, amarela e espumosa
como a cerveja que eu tomara. Sacudi meu pênis, murcho e
decepcionado.
Mas ao deitar-me na cama,
lembrei-me das mulheres da festa, dos beijos que flagrei, aquelas
peles lisas rebrilhando regos entre peitos redondos e macios. Meu pau
enrijeceu, logo ficou duro e pulsou dentro da cueca. Peguei-o,
apertei-o em minha mão, livrei-me da roupa e puxei o prepúcio,
iniciando um movimento agressivo de masturbação.
Bati uma punheta angustiada, os
olhos fechados no escuro do quarto, com as imagens daquelas mulheres
pipocando em minha cabeça. Gozei depressa e sem prazer. Detive o
esperma com a mão em concha e logo a porra escorrendo entre meus
dedos enojou-me. Levantei cuidando para não lambuzar o lençol e o
cobertor. Limpei-me com minha própria cueca, fui ao banheiro lavar
as mãos e joguei a roupa suja dentro da máquina de lavar.
Demorei para dormir. Acho que se
passaram horas. Quando finalmente senti que o sono me abocava e
envolvia, veio o sol, iluminou o dia e me despertou.
Fora a primeira das três
tentativas que fiz de ficar com alguém em uma festa em danceteria. O
primeiro dos três fracassos.
Andei por outros lugares:
balneários, lagoas, praças, bares, lancherias, lojas, shoppings.
Sempre com a chave à mostra mas incapaz de aproximar-me de alguém
e entabular qualquer conversa. Fazia-o com minhas antigas amigas e
colegas de trabalho ou de escola, mas estas pareciam incapazes de me
enxergar ou perceber minhas insinuações. Eu me fiava na ideia de
que alguém abriria espaço para mim com um sorriso, um gesto, ou
mesmo viesse até mim, poupando-me deste trabalho.
Enganei-me.
Um
dia visitou-me um ex-colega de trabalho. Ele era mais tímido e feio
do que eu: ruim de matemática, nenhuma habilidade com as palavras,
tanto na fala quanto na escrita, um nariz aquilino com um calombo no
tabique, olhos claros mas inexpressivos, cabelos ralos e profundas
entradas de careca precoce. E, para completar, meio vesgo, mais
precisamente estrábico do olho esquerdo.
Sentou-se na cadeira que lhe
estendi, eu animado com a visita dele, ele com um ar suspeito, um
sorrisinho malicioso nos lábios. Eu olhei de lado, inclinando a
cabeça e sorri perguntando o que é que tu andou aprontando.
Ele respondeu tá tão na cara
assim, com voz baixa, sempre falando mais para si do que para os
outros. Eu insisti fala logo, não vem me enrolar que esse teu ar de
sem-vergonha não me engana. Estive em Porto Alegre terça passada,
ele iniciou. Tu já ouviu falar do site vip luxúria, perguntou. Eu
respondi que não e ele me explicou que era uma página com dezenas
de acompanhantes, jeito chique de dizer dezenas de putas, as quais
podiam ser escolhidas pelo cliente que, mediante ligação, agendava
um programa. Ele retirou o notebook da pasta que trouxera, abriu-o e
conectou-o à internet.
Eu acompanhei sua narrativa meio
boquiaberto, com um sorriso desconfortável nos lábios. Quando a
página abriu, ele virou a tela para mim e disse esse é o site. Aqui
você clica para ver as mulheres, aparece a foto e, se você clicar
em uma delas, abrem outras fotos e o perfil delas, incluindo medidas
e o que elas fazem, se topam sexo oral, anal, orgias etc. Eu escolhi
uma morena, o nome dela era Éllen, tinha uns peitões e uma bunda
bem gostosa. E o que vocês fizeram, eu perguntei com o sangue
fervilhando e o pau crescendo. A gente foi num motel, ela foi super
atenciosa, bem querida, tirou a minha roupa e me fez um boquete.
Depois tirou a roupa, deitou na cama e se virou, ficou de quatro,
empinou bem a bunda e disse vem, me fode gostoso. Eu comi ela de tudo
quanto foi jeito, mas acho que tive um problema e não gozei. Ela
insistiu, me chupou, até me deu o cuzinho, dizendo que abriria uma
exceção para mim, que ela não costumava fazer isso sem cobrar um
extra. Mas não adiantou. Ela pareceu meio frustrada, mas quando
terminou a hora vestiu-se, pegou o dinheiro e me pediu para levá-la
de volta.
E quanto custou, perguntei. Só
ela custou duzentos, mais o motel, o táxi e o ônibus. Dá uma
olhada, e clicou sobre a foto da Éllen. As outras fotos apareceram,
ela nuinha e em poses sensuais. Era bem gostosa mesmo. Valia cada
centavo. Fixei o olhar na bunda dela e pensei não acredito que esse
bosta enfiou o pau aí dentro e não gozou.
Conversamos por mais uma hora e
eu fiquei com o computador clicando nas fotos das outras, pensando
qual delas seria minha. Ao final levei-o para casa no meu carro e ele
disse que valia a pena. Estava só esperando juntar um dinheiro para
ir de novo, com outra, experimentar uma loira que ele até já
escolhera.
Eu não falei nada, nem que ia
fazer o mesmo nem que não. À noite, sentado assistindo TV, eu não
conseguia me concentrar em nada além do fato de que ele, ao
contrário de mim, já não era mais virgem. Não conseguia tirar da
cabeça a imagem dele pelado enfiando-se dentro daquela morena,
penetrando sua buceta depois da boca úmida dela ter chupado seu pau,
e por último ela dizendo mete no meu cuzinho que eu vou abrir uma
exceção pra ti porque eu quero te sentir gozar dentro da minha
bunda. Ai, meu deus, isso não era justo.
Levantei-me de súbito, peguei a
chave do carro e fui para o Centro, determinado a achar uma
prostituta e perder a porra desse cabaço que estava me deixando
louco.
As
voltas que dei foram muitas. Fiquei andando em círculos, contornando
quadras com o coração disparado, a cabeça doendo, os pensamentos
trespassando-me como facas afiadas, piscando em flashes desconexos.
Eu estava nervoso, sentia as mãos excessivamente firmes apertando o
volante, os braços meio trêmulos, eu inteiro agarrado naquela
ideia, subitamente ensandecido, obcecado.
Meus olhos iam e vinham
conferindo os retrovisores, temeroso de que algum conhecido estivesse
na minha retaguarda e percebesse o que eu estava querendo.
Os travestis acenavam, gritavam e
balançavam as tetas de silicone expostas como troféus. Eles não me
interessavam, ainda que tivessem uma aparência melhor que a das
putas. Passei por três delas. Duas morenas e uma loira, pela qual me
interessei. Desacelerei o carro e passei perto dela olhando-a
fixamente, de cima a baixo, mas concentrando-me no rosto, cujo
aspecto seria conclusivo. Ela empinou a bunda e fez cara de safada,
sensualizando com a língua espichada lambendo os lábios.
Não parei. Virei à direita e na
próxima esquina novamente à direita, e de novo à direita. Passei
por ela três vezes antes de parar. Conferi os espelhos para
certificar-me de que nenhum outro carro se aproximava. Eram onze e
meia da noite.
Abri o vidro do lado do carona e
ela imediatamente se encurvou metendo a cara para dentro numa pose
que arreganhava o decote, o qual, no entanto, revelava peitos
nanicos, só uns bicos metidos sobre um caroço de gordura.
Oi, gato, tá a fim dum programa
gostoso. Queque cê faz, eu perguntei. Tudo, só não faço anal.
Era uma restrição inoportuna,
mas eu não queria comer a bunda flácida dela. Se fosse um cu o meu
desejo, valeria a pena pagar por um traveco de bundinha dura, e não
aquela puta sem massa muscular nem carne nas ancas. Mas o que eu
queria era uma mulher, uma buceta para enfiar meu pau enterrando-o
até as bolas numa carne úmida.
E quanto é, questionei.
Cinquenta, ela disse. E onde a gente pode ir. Ela me respondeu
indicando um local que eu não conhecia e, pelo nome, não era nada
confiável. Perguntei se tudo bem se fôssemos no Cascata. Ela disse
que tudo bem. Destravei a porta e deixei-a entrar.
Ela sentou-se de lado, olhando
para mim. Passou a mão na minha coxa e eu disse não, que esperasse
chegarmos ao motel. Ela disse tudo bem com uma voz contrariada e
endireitou-se no banco. Ainda tentou entabular uma conversa, mas eu
não lhe dei atenção. Sentia-me muito ansioso. Meu nervosismo
bloqueava meus pensamentos e minha voz saía entrecortada. Eu estava
eletrizado. Só conseguia pensar que me livraria de um peso, um
fardo, uma cruz, e tentava tranquilizar-me pensando que logo tudo
ficaria bem.
Subi a pequena rampa que dava
acesso ao motel, parei o carro e pedi um quarto. O recepcionista
disse número dezoito e eu pensei que seria a entrada para minha
maioridade. Estacionei, olhei a puta ao meu lado e disse vamos.
Fiz a gentileza de deixá-la
subir na frente. O quarto ficava no segundo andar, sobre a garagem.
Aproveitei para olhar por baixo de sua sainha e espiar sua bunda,
dividida por uma calcinha vermelha atochada entre as nádegas.
O quarto tinha uma cama de casal,
alguns espelhos e foi só o que eu vi. A roupa de cama era branca, o
que me alegrou por parecer higiênico.
Ela perguntou você não vai
tirar a roupa. Eu disse não, quero que você tire primeiro. Fi-lo
porque me dei conta que eu estava nervoso e mole. Mesmo imaginando-a
nua dali a instantes rebolando enquanto eu a penetraria, não me
excitei.
Ela se despiu de maneira sensual,
fazendo um strip diante de mim, ajoelhada na cama. Eu permaneci de
pé. Ajeitei meu pênis enfiando a mão dentro das calças. Ela
aproximou-se, desceu da cama, ajoelhou, baixou minha calça até o
tornozelo e lambeu minha pica, umedecendo-a com a saliva e apalpando
minhas bolas. Abocanhou-a inteira enchendo a boca. Senti que o sangue
afluía endurecendo meu pau. Alcancei a camisinha e disse coloca pra
mim. Ela abriu a embalagem, pôs a ponta na boca, entre os lábios, e
colocou o preservativo no meu pênis semiendurecido.
Ela serpenteou para cima da cama
e pôs-se de quatro na beirada do colchão. A seguir, abaixou a
cabeça e empinou a bunda meio flácida, os peitos uma tábua com
dois bicos mordidos roçando o lençol, o rego escuro entre as
nádegas em cujo meio o cu se apertava fechadinho e eu, pegando-a
pela cintura, dando três bombeadas antes de ejacular e encher de
porra a camisinha, sem nem ao menos ter completado a ereção, o pau
mais mole do que duro.
Tirei-me de dentro dela, despi a
camisinha com pressa de levantar as calças e livrar-me da sensação
de ridículo que se apoderara de mim. Andei até o banheiro e num
acesso de limpeza enrolei metodicamente o preservativo no papel
higiênico e lancei-o no lixo. Lavei as mãos esfregando-as com
força. A prostituta veio até perto de mim, ainda nua, molhou a mão,
ensaboou-a e esfregou a buceta. Depois secou-se e voltou para perto
da cama, onde catou suas roupas e vestiu-se.
Ela ainda abriu o frigobar e
disse vou pegar uma cerveja, você não vai me negar uma cerveja,
vai? Eu disse tudo bem, pode pegar, mas agora vamos embora. Eu te
deixo onde? Na esquina onde eu tava, ela respondeu com um tom de voz
levemente irritado com a pergunta óbvia que eu fizera. Acrescentou
que o pagamento devia ser feito ali, eu cobro antes de a gente ir
embora. Abri a carteira e tirei os cinquenta reais que combináramos.
Paguei a conta do motel, outros
cinquenta, e andei o mais depressa que pude. Ela disse ui, tá com
pressa, e eu não respondi, o olhar vidrado na estrada diante de mim.
Olhei em todos os retrovisores e me tranquilizei porque não havia
ninguém atrás de nós. Parei o carro, ela disse adeusinho então,
até a próxima.
Acelerei
e voltei pra casa no mesmo estado catatônico em que saíra. Entrei
no banheiro, pelei-me, ensaquei as roupas e decidi atirá-las para
fora de casa assim que eu terminasse aquele banho longo e quente,
demorado e reconfortante que o ruído do chuveiro indicava ter apenas
começado.
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